domingo, 29 de junio de 2008

Curtos poemas de hoje..

http://www.myspace.com/luizbucolico
http://www.myspace.com/luizbucolico

A morte de Joao.

Morreu joao,
Viveu maria
Com a agonia
Da solidao.

-Em tua mao,
ei de sangrar
Ate deixar
Mancha no chao!

- Descanse joao,
Os olhos ao fechar...
Irei te sujeitar
Ate entao.

-Nao ha razao
Para se preocupar,
-Vá sem chorar...
- Eu viverei em teu coracao...

E se foi joao
E sobrou maria
Com a caricia
Em sua mao.

-Eu te encontro joao,
quem sabe um dia.
Disse maria
à seu corpo no chao...

Luiz


Jordana

Jordana profana,
Que de noite desperta,
tua calma me engana
na noite incerta.

Se aproxima jordana,
seu olhar me desvia
numa dança insana
onde eu antes vivia.

Se cala jordana,
num silencio audaz.
Quem sabe se engana
ou talvez saiba mais...

Se arrepende jordana
em um salto atras.
Quem sabe nos engana...
Ou quem sabe nao é mais...

A mesma jordana
de alguns dias atras,
tal menina profana,
tal menina do cais.

Luiz

http://www.myspace.com/luizbucolico
http://www.myspace.com/luizbucolico


sábado, 28 de junio de 2008

1 Poema sem nome e 2 sonetos...

http://www.myspace.com/luizbucolico
http://www.myspace.com/luizbucolico



Quando chegam os teus olhos vadios, cheio de mentiras,
Eu me embriago na sensacao de tuas cores e de teus abraços.
E as peles se roçam como se no fundo nao ouvessem iras,
E teus braços me rodeiam e meus braços ti rodeiam, como em dois laços.

E nesse calor chega teu beijo ... e vem tua lingua fria
Serpenteando dentro da minha boca um tanto quanto molhada.
E minha lingua, cansada, busca o fogo da tua, com aspera agonia.
E quando enfim encontra acontece tudo e nao acontece nada.

Depois vem tua mao descendo sobre meu fragil peito,
E tuas unhas me arranham, como alguem que quer mais que o prazer.
E se multiplica em milhoes enquanto desce por esse caminho estreito
E aperta meus ossos doloridos, me sufocando entao, com medo de me perder.

E nesse medo eu volto pros seus olhos que ja estao agora molhados,
Passo minha lingua fervendo nos teus labios de saliva querendo derramar.
Me invade a sensaçao de teu mel calido em marê de corpos ilhados.
E entao finalmente me perco em teus olhos ... e me volto a encontrar.

Luiz

Soneto 16

Nacieron vientos fríos de miedo
Y miradas puras de toda mar.
En la primavera callada y sencilla
Que llego por la madrugada de estrellas.

Nacieron hijos blancos con bocas negras
Y ojos de miel pardos de sol.
Nacieron del barro ceniciento
Nacieron del viento primaveral.

Con sus pequeños dedos
Sustenieron las raíces de mis palabras
Que ya no sentían el olor.

Ven de la boca del mar,
Ven también de los ojos del carbón
El color de la mirada tuya.

Luiz

Soneto 14

Cayeron plumas rojas en el barro,
Con miradas calladas de miedo
Con secretos y mil y una excusas
Rompieron el silencio que el viento gritaba.

Pasó la noche y no fue nada,
Se marcho hacia el día soleado.
Y con horas de senderos de plumas rojas
Bailaron por toda la tarde y se quedaron.

Yo vi nacer del proprio barro
La primavera y sus vientos de amor
Con su baile y sus estrellas.

Y las rosas nacieron con montañas
Con espinos y con hormigas.
Del mismo barro de plumas rojas.

Luiz


http://www.myspace.com/luizbucolico
http://www.myspace.com/luizbucolico

martes, 24 de junio de 2008

4 Poemas e uma palavra.

http://www.myspace.com/luizbucolico
http://www.myspace.com/luizbucolico

4 Poemas..

Mulher da terra

Ha mais vida alem da serra,
Disso, meu amor, eu sei.
Ha algo mais alem da terra
Que eu sem ser dono ti dei.

Ha campos floreados
De rimas e de lenços.
Ha coracoes descampados,
Entre jardins imensos.

Entre as ruinas que nao sao nada
Que o passado agradeça.
Vem, Mulher do ventre desgarrada,
Corrompendo o peito e cabeça!

Ha mais morte alem da serra.
Disso eu tenho quase certeza.
Ha algo mais alem da terra
Que, indecisa, se compadece de tua beleza.

Luiz

Passou

Passou a pedra,
quem lhe dera
ser cimento.
Passou o burro,
quem lhe dera
ser jumento.
Passou a fome,
quem lhe dera
ser alimento.
Passou o tempo,
quem me dera
fosse lento.
Passou o passaro,
quem me dera
fosse só vento.
Passou...
passo à eternidade...
Quem me dera
fosse somente
um momento.

Luiz

Que alegria

Cai a noite.
Se vai o dia.
Que alegria
Que alegria
Com uma estrela e um açoite
Com alegria
Cava o dia
Cava o dia
Brinda os corpos
Com azia
Que covardia
Que covardia.
Chegam os corvos
Sem compania
Que ironia
Que ironia.
Cai a noite
Se vai o dia
Que alegria
Que alegria.

Luiz

O peso da prece

Pesa a prece
Preço pardo,
para os passos
pereçosos.
Pensa e pronto !
Persistes em perder ...
Por quê e para quê
perguntas ?
Passa o pranto,
prende a presa,
proesa de poucos
privilegiados.
Pasos preguiçosos,
prantos precisos,
poemas perdidos.
Preciso permanecer
pairando !

luiz.

E uma palavra...
"Brilha"

http://www.myspace.com/luizbucolico
http://www.myspace.com/luizbucolico

lunes, 9 de junio de 2008

MY SPACE: http://www.myspace.com/luizbucolico


Olhos na noite

Seus olhos de grinalda esvaeciam a noite sem fim
Que entre gargalhadas ensaiavam difusos sonetos.
Eu me espelhava na noite, ela se espalhava em mim,
Com suas estrelas cintilantes queimando sobre meus peitos.

Nos embrulhava o frio e junto com ele a lentidao.
Com os braços abertos e ainda tremulos
Ela se esquivava entre os sussuros da amplidao
E balançavamos do ceu... como dois pendulos.

Ela era suave e branca como a lua
Que iluminava nossos corpos de seda
Na ternura da virgindade nua.

E eu era dela como nunca fui de alguem.
E o silencio fazia do amor um segredo.
Ela era a noite em mim e eu nao era ninguem.

Luiz

MY SPACE: http://www.myspace.com/luizbucolico

MY SPACE: http://www.myspace.com/luizbucolico